domingo, 27 de março de 2011

Quilombolas é designação comum aos escravos refugiados em quilombos, ou descendentes de escravos negros cujos antepassados no período da escravidão fugiram dos engenhos de cana-de-açúcar, fazendas e pequenas propriedades onde executavam diversos trabalhos braçais para formar pequenos vilarejos chamados de quilombos.

Quilombolas

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Quilombolas é designação comum aos escravos refugiados em quilombos, ou descendentes de escravos negros cujos antepassados no período da escravidão fugiram dos engenhos de cana-de-açúcar, fazendas e pequenas propriedades onde executavam diversos trabalhos braçais para formar pequenos vilarejos chamados de quilombos.
Mais de duas mil comunidades quilombolas espalhadas pelo território brasileiro mantêm-se vivas e atuantes, lutando pelo direito de propriedade de suas terras consagrado pela Constituição Federal desde 1988.

Índice

Comunidades quilombolas no Brasil

Comunidade quilombola de Curiaú, Amapá

Estado de São Paulo

No estado de São Paulo existem mais de 35 comunidades quilombolas. A maioria delas, cerca de 30, está na região do Vale do Ribeira, distribuídas por diversos municípios, tais como Eldorado, Iporanga e Barra do Turvo. Outras comunidades estão localizadas no Litoral Norte, na região de Sorocaba e no município de Itapeva.
Até maio de 2008, apenas cinco comunidades tinham recebido os títulos de suas terras: Ivaporunduva, São Pedro, Pedro Cubas, Pilões e Maria Rosa. Todas estão localizadas no Vale do Ribeira e Vale do Ribeira

No Vale do São Francisco no sul do estado de São Paulo, encontra-se um importante conjunto de comunidades quilombolas. Nesta região, que abriga a maior vegetação remanescente da Mata Atlântica do Brasil, vivem, além dos quilombolas, povos indígenas, caiçaras e pequenos produtores rurais.
Ao menos 30 comunidades descendentes de quilombos estão no Vale do Ribeira, distribuídas principalmente nos municípios de Iporanga, Eldorado, Barra do Turvo, Cananéia, Iguape, Itaóca e Jacupiranga.
A ocupação negra do Vale do Ribeira foi feita por ex-escravos fugidos ou libertos, principalmente ao longo do século XVIII. Os escravos fugitivos chegavam à região, se casavam com mulheres locais e se fixavam em terras próximas, tornando-se pequenos agricultores. Tinham muitos filhos, que também se casavam e se espalhavam pelas terras da região.

Estado do Rio Grande do Sul

O negro aparece no Rio Grande do Sul em 1725, com a expedição de João Magalhães, vinda por terra. Estes negros, certamente escravos, realizavam o serviço pesado. Porém, a presença negra no território gaúcho é marcada oficialmente no ano de 1737, quando o Brigadeiro José da Silva Paes se estabelece na Barra erigindo o Presídio Jesus, Maria e José, marco inicial da colonização.
Durante os primeiros anos da colonização do Brasil por europeus, o Rio Grande do Sul era conhecido como uma região distante e hostil, denominada continente. Os escravos rebeldes ou preguiçosos eram ameaçados de envio à região, considerado por eles como pior que o inferno.

[editar] Litoral Norte do Rio Grande do Sul

[editar] Estado da Bahia

Na Bahia os maiores agrupamentos de quilombolas estão concentrados no Recôncavo baiano, nos municípios de Cachoeira, Maragogipe, Santo Amaro entre outros.
Alguns têm línguas próprias, de contato entre o português e línguas africanas, como o cupópia do Quilombo do Cafundó, Salto de Pirapora, SP.[1]
As comunidades de quilombolas detêm ( em 2008 ) 25 milhões de hectares de terra no território brasileiro. Isso equivale a 2,9% de todo o território. A nível de comparação, essa área é maior que toda a área destinada ao plantio de café.

Estado do Espírito Santo

Referências

  1. Em Cafundó, esforço para salvar identidade. São Paulo dos Campos de Piratininga, SP: O Estado de São Paulo, 2006 dezembro 24, p. A8.

Ver também

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